
O comércio de próteses mamárias Rofil, fabricadas com silicone feito pela Poly Implant Prothèse (PIP), será proibido no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve emitir um comunicado em breve sobre o cancelamento da autorização para a venda do produto pela Pharmedic Pharmaceuticals Importação no Brasil.
A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, nos Estados Unidos, também havia mencionado a Rofil e a PIP em um documento divulgado no início deste mês, em que recomenda a remoção ou a troca imediata dos produtos.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recebeu denúncias de que a Rofil usava o mesmo material da PIP, que corre o risco de romper. Segundo Sebastião Guerra, ex-presidente da entidade, estima-se que 15 mil pares de próteses da marca Rofil chegaram ao país.
No caso da PIP, foram 34 mil unidades importadas e 24.500 implantadas, em cerca de 12 mil pessoas.
As vendas do silicone da Rofil foram banidas em 2010 na Holanda. As autoridades sanitárias locais ainda estão investigando a empresa. As próteses da Rofil saíram do mercado junto com a PIP, em abril de 2010. No entanto, o registro da prótese da Rofil era válido até 2014 no país.
As substâncias presentes no produto são potencialmente tóxicas. O silicone de baixa qualidade tende a se romper mais cedo do que o comum, que tem validade de mais de dez anos.
Infiltrado em músculos, gânglios linfáticos, nervos e na glândula mamária, o silicone extravasado leva a inflamações, infecções, nódulos e pode causar dores crônicas.