
A depressão atinge o dobro de mulheres em relação aos homens, mas isso não torna esse indicativo menos grave para a ala masculina. Ao contrário, algumas características do comportamento masculino trazem índices preocupantes: eles demoram duas vezes mais a procurar ajuda médica e, quando chegam aos consultórios, muitas vezes a doença já está em estágio grave.
Isso se deve, principalmente, a três fatores:
· biológico, uma vez que a testosterona (hormônio masculino conhecido como “o hormônio da interação social”), quando em níveis normais, protege as funções neurológicas e comportamentais. Ou seja, torna os homens mais resistentes aos altos e baixos emocionais.
· cultural: eles relutam em falar de sentimentos com amigos e familiares e procurar ajuda de um especialista (psicólogo ou psiquiatra);
· e ainda social, já que a depressão é considerada por algumas pessoas um sinônimo de fraqueza, o que é ainda mais grave para os homens, que sentem a masculinidade afetada quando chamados de fracos -- consideram que isso é “coisa de mulher”.